Ainda o inverno não se
havia despedido quando a raiar a primavera nos aventurámos pela Serra da Lousã,
em demanda de veados e outros seres que povoam aquela paisagem montanhosa. Numa
clareira criada pelos homens, sob a proteção de um esticado povoamento de
pinheiro-de-casquinha (Pinus sylvestres) entre as muitas toiças por ali enraizadas,
encontrámos estas, de uma espécie de carvalho, já sem vida, cujos anéis de
crescimento nos indicavam que os seus cinco rebentamentos haviam sido cortados
quando alcançavam cerca de 30 anos de idade. Nos
seus meandros, beneficiando da humidade ali retida e da escassa matéria
orgânica em decomposição, tufos de musgo, a fazer lembrar um pequeno “arquipélago
verde”, medravam lentamente, fazendo ressuscitar a vida naquele fragmento de
morte.
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